.
E a paz vai se fazendo, sozinha e quieta, sob a sombra da harmonia.
E o amor vai se achegando, só e quieto, sobre a sombra da alma.
E almas.
.
.
E a paz vai se fazendo, sozinha e quieta, sob a sombra da harmonia.
E o amor vai se achegando, só e quieto, sobre a sombra da alma.
E almas.
.
.
Você pega nuvens?/ Pego todas as nuvens que posso e as guardo. Mas só as escuras. Preciso de densidade. / E para que…? / Para viver aqui.
.
.
“Música nos faz adentrar numa densa nuvem de sentimentos estranhamente desconexos e nos joga num mar de sensações coerentemente harmônicas.”
.
.
Certos véus, ao caírem, machucam mais que adagas encravadas no peito.
.
.
Talvez – e só talvez – se eu brilhar tão dourado quanto um farol, você me enxergue e venha.
Mas como eu vou enxergar você ?
.
.
Matem os culpados. Salvem os inocentes.
E os sãos… estes devem deixar o recinto, por que a sanidade foi proibida de entrar. Ou de ficar.
A visão deturpada de que no final só restarão os inocentes.
A caça armada aos culpados mata os inocentes no caminho, ao final… ao final de tudo só restarão culpados.
E quando seus olhos viram os finos fios que ligam todos a tudo, chorou.
Ela era eles, eles eram ela. A culpa de um, a culpa de todos.
.
.
Sinfonias, notas assíncronas, cantos, melodias – ritmos e sincronicidades – nada existe mais de harmônico – as atonalidades me dominam.
Me perdi.
.
.
A capacidade de ver sua realidade só em ‘caixinhas’ : ficar olhando paredes pintadas de azul achando que estão olhando o céu.
A capacidade de ver sua realidade só em ‘caixinhas’ : ver o mundo só com os ‘óculos’ de quem está no seu entorno.
A capacidade de ver sua realidade só em ‘caixinhas’ : a ilusão de pensar que realmente existe um ‘eles’ separado do ‘nós’.
A capacidade de ver sua realidade só em ‘caixinhas’ : achar que o importante é impor razões e não desenvolver a capacidade de ser feliz.
.
.
Tempos luminosamente obscuros
.
As vezes a luz é tanta que nos ofusca
E não conseguimos ver um palmo a frente
Nem quem vem vindo ao nosso encontro.
.